quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A violência nas redes sociais


Nos últimos dias, tenho passado um pouco mais de tempo a navegar no Facebook. Estou inscrita nesta rede social há bastante tempo e confesso que perco com ela bastante mais tempo do que deveria, por lhe ver ainda mais vantagens do que desvantagens, embora sinta que a balança está cada vez mais desequilibrada, pendendo para o lado negativo.

Depois das partilhas de arco-íris, dos aplausos a profissionais de saúde, das receitas de pão e de vários exemplos de solidariedade, a violência regressou em força. 

É nos comentários de notícias que se leem as palavras mais aguçadas, negras e pestilentas. Debaixo de interesses políticos ou não, tenho verificado a calúnia, o insulto e até ameaças de morte a quem tenha opinião contrária ou divulgue algo que não esteja de acordo com a visão do ameaçador.

Talvez eu tenha andado ocupada com outras coisas e não me tenha apercebido, mas ousar dar uma opinião diferente num grupo dá azo a levarmos uma saraivada de metralhadora,

Escondidas atrás da tela de um computador as pessoas acham que têm o direito de atacar os outros e de dizer tudo o que pensam, não se coibindo de insultar a torto e a direito, debaixo da proteção de um perfil muitas vezes falso.

As figuras públicas são um dos alvos preferidos, mas qualquer cidadão anónimo pode sujeitar-se a alguns dos comentários mais horríveis que podem ser lidos. Racismo, machismo, voyeurismo, já para não falar do "achismo" são alguns dos ingredientes da ciberviolência, uma realidade a que todos nós estamos sujeitos e que é urgente combater. 

Deixo-vos apenas alguns exemplos retirados de várias publicações, e que nem são os piores, que tenho lido por aí...